Katina e Lavínia Belouve

-Por nada. diz Grant, simples. Agora vamos pôr o pé na estrada? Precisamos ir logo, daqui poucas horas o sol estará a pino!

Assim, ele guia o cavalo na direção da rua, cruzando o portão de saída, enquanto acena para um guarda com a cabeça.

- Só não esqueça que teremos que passar na estalagem para pegar as minhas coisas, Cavalheiro.

Katina falava enquanto já saia devagar com seu cavalo.

"Esta exibida, quero ver no dia em que achar alguém que vai querer mais que seus charmes..." - Pensa ela enquanto sobre no cavalo elegantemente.

Soltando o cabelo e deixando-o ao vento fazendo uma ótima cena, ela faz um sinal afirmativo para Grant quanto a sua pergunta, e aguarda que finalmente prossigam.

Ela então avança, pensativa como quem tem muito em mente, ainda tinha muitas dúvidas... Talvez ele fosse algo além de um corpo sarado, decide perguntar:

- E então, senhor Grant, se importa de me dar mais detalhes sobre o que exatamente está acontecendo? Seu amigo não foi lá muito preciso com suas palavras.

-Passar na estlagem é? Então vamos logo, não temos muito tempo!
Grant não gostara da idéia, mas ele tentava manter uma cara simpática, e começara a achar aquela moça muito mole pra uma viagem importante como aquela.
-Ha! Não culpe Eeron assim, ele é um homem sábio, mas tem muita coisa na cabeça e acaba assustando quem não o conhece.
Diz ele, dirigindo-se a Lavínia, com um gesto de mão como se desfizesse sua desconfiança no ar.

Olhando em volta levemente e aproximando o cavalo, ele continua falando mais baixo:
-É mais ou menos assim: Eu iria receber o baú no porto, num cais protegido, e escoltá-lo sem rebuliço até o templo, e pronto, fácil assim! Mas recebemos uma mensagem mais cedo do nosso homem no barco. A embarcação foi interceptada e não sabemos direito como ou porquê. Na verdade, ninguém sabia dessa carga, ou pelo menos não deveria saber. Agora vamos lá tentar achar alguma informação, e se der, o pacote.

Neste momento, ele pára de falar para acenar para um halfling meio barrigudo que arrumava uns pães numa banquinha, que pendia da janela de uma construção que abrigava uma venda que parecia ter tudo quanto é bugiganga. A rua agora fervilhava com pessoas, de várias raças. Muitos humanos, algumas raças menores, todos ocupados em falar alto, vender e comprar, ou apenas andar de um lado para o outro. Mesmo nessa parte mais nobre da cidade, o comércio era acentuado

Com Grant apertando o passo dos animais, os três chegam na porta da estalagem de Katina. Ele não desce do cavalo.

[pode ir perguntando mais coisa, equanto isso.]

-Aqui estamos, senhorita. Pegue lá sua mochila que ainda podemos aproveitar o sol fresco da manhã no início viagem.

Ele termina a frase com um sorriso. Mas provavelmente ele já conseguira arrancar melhores da onde veio esse.

Katina seguia mais a frente pouco se importando com os dois mais atrás. A cidade já tinha dado o que ela queria. E agora, já estava na hora de seguir viajem novamente. Mas porque não tentar uma carruagem antes de ir, não é!? Era o que ela pensava.

- Não se preocupe, não demorarei muito.

E é exatamente o que a garota faz. Sem demorar muito ela arruma suas coisas e volta para o cavalo.

Lavínia tinha a impressão que não estava passando uma boa impressão, mas não importava, o que iria decidir as coisas no fim eram suas ações, ela dá uma pequena risada simpática ao ouvir o comentário sobre Eeron...

Ela então escuta com atenção o acontecido em detalhes, parece que as coisas não eram tão simples como soavam de início, Eeron não dissera nada sobre ele estar perdido, por suas palavras deixou entender que já sabia onde estava... Ela odiava procurar, mas nada que obrigar Katina a perguntar por ali não resolvesse... Ela sempre conseguia coisas daquela naipe com facilidade imensa.

Quando o mesmo termina de falar e pára pra cumprimentar um Halfling, e depois voltam a avançar, nenhum dos dois olha para trás pra se dar conta que ela havia parado para falar com uma senhora que lhe ajudara, depois para comprar um pote de um doce local que adorou, e ainda ganhar um buque de flores do vendedor como presente de despedida... A proveitou para pregar um pouco a palavra de seu deus antes de voltar ao seu rumo... Depois de fazer uns curativos num homem machucado pelo qual passou...

Os alcançando denovo, ela nota que Katina já saia com suas coisas:

- Woa, você foi rápida... Não são lindas? Adoro Tulipas - Comenta ela enquanto avança descompromissada esperando Grant tomar a dianteira.

Ao reparar que Lavínia se atrasara para tais afazeres, Grant cruza os braços e espera, tentando segurar um leve sorriso. E logo depos Katina irrompe pela porta com suas coias. O que fora um grande susto para o guerreiro, que esperava no mínimo um par de bolsas enormes.

-Precisa de ajuda, senhorita, para montar no cavalo?

No momento em que Katina estava montada e pronta, ele avança o animal por uma rua larga à direita, que dava na direção do porto, no canto leste da cidade. Volta e meia o cavaleiro checava rapidamente se as moças o seguiam, e quando verificava sua presença, voltava a cavalgar empertigado como era, acenando para alguns comerciantes e conhecidos eventualmente.
Mais algumas ruas ganhadas, desviando ora de pessoas, ora de outros animais, os três alcançam os portões, e através deles via-se uma grande ponte sobre o rio Chionthar logo adiante.
E assim que Grant cruza o portão, ele aperta o trote do cavalo, aumentando a velocidade da viagem, mas cuidando para que as moças ainda o acompanhem.

Ao contrário que a maioria pensa, Katina não gostava de carregar muitas coisas. Principalmente, quando ela mesma tinha que carregá-las. Apenas alguns frascos de perfume e umas duas mudas de roupas estavam dentro de uma pequena sacola. Nada disso ela tinha comprado ou carregava com ela, mas os nobres da cidade insistiam em dar de presente.

- Não, obrigada... Não precisa sair do seu cavalo. Eu ainda sei montar, só não gosto.

Katina estava um pouco mais ríspida agora. Ela odiava fazer as coisas que não estavam em seus gostos.

“Lavínia tinha mesmo que aceitar estas missões da igreja?”

Soltando um suspiro de decepção ao ver Grant cavalgando mais rápido ao sair da cidade, ela começava a dar uns galopes mais rápidos antes de fazer o cavalo seguir os passos dos demais.


-=-=-
OFF: Você vai querer testes de cavalgar rápido? Se não me engano a CD é 15. Neste caso, eu teria que rolar pq não consigo passar com um 10. XD

[se esses "galopes mais rápidos" forem mais rapidos que a velocidade de Grant, sim, role o teste cd 15. Se mesmo que rápidos, ainda não forem um galope propriamente dito, não precisa.]

Depois da rejeição da ajuda por Katina, o guerreiro apenas dá de ombros dizendo: -Tudo bem então!
Mas ele não parecia nada contrariado, apenas indiferente.

E então a viagem começa de forma tranquila, com os cavalos avançando em velocidade constante e ganhando terreno com bom aproveitamento.

O ambiente próximo de Baldur's Gate era bastante verde. Via-se ao longe uma ponta de floresta, muito ao sul, e mais próximo dos muros da cidade, toda a visão era tomada por campos de agricultura e algumas casinhas espalhadas, dos camponeses que viviam por ali.

A estrada logo após a ponte continuava a sul e abria um braço mais estreito a leste, e foi esta a direção que o grupo tomou. A estradinha provavelmente era usada pelos moradores da região, e de grupos que preferiam usar a margem sul do rio, visto que na margem norte havia um caminho mais conhecido e melhor conservado.
A segunda metade da manhã vai-se no tempo, dando espaço para o sol encher de calor os viajantes. Os cavalos começam a dar sinais de cansaço, mas ainda estavam bem.

-Pelo que eu imagino, o local do acidente com o barco foi há mais ou menos dois dias a cavalo da cidade, subindo o rio. Se houveram sobreviventes, talvez tenhamos sorte. Havia um homem acompanhando a carga e eu espero muito que ele esteja ao menos respirando. Neste dia andaremos rápido e pararemos por pouco tempo, exceto para dormir. Amanhã, como devemos estar atentos, andaremos mais devagar, e todos poderemos descançar melhor depois. Lavínia, tem ainda alguma pergunta? Vi que tinha algumas dúvidas.

[off]Eu esqueci da pergunta sobre se ele era casado. tente repetir no meio de outra conversa.. talvez numa fogueira,.. hehe, pra ficar mais coerente. desculpa a memória.[off]

Katina cavalgava calmamente sem se importar muito com a velocidade. Apenas dando galopadas mais rápidas quando ela ficava muito para trás.

“Ainda não sei o porquê de ter vindo nesta missão... De qualquer forma vamos ter que voltar a cidade mesmo.”

- Aaaaaaa – Soltava um suspiro quando ela começava a pensar no que fazer.

Katina mesmo parecendo despreocupada escutava as palavras de Grant.

- Eu tenho algumas se me permitir... A quantos dias você está sabendo sobre este acidente?

Lavínia, apesar de parecer casual, escutava tudo que ele dizia com muita atenção, uma viajem de dois dias indicava que era num local próximo, quando questionada se tinha mais alguma pergunta, ela diz:

- Primeiramente, me conte um pouco sobre o você, senhor Grant...