Hilian Frostfild - Niff

Hilian vagava.
Vagava carregando nos ombros o peso da desgraça, chamuscando suas narinas com o odor do ódio que exalava pela pele quando se lembrava de seu pai. Como pode um homem não entender a fúria repentina de um jovem? Mas agora ele teria que entender a raiva de um renegado pelo seu berço.
A nobreza já não servia para este homem.
O futuro, se guardava alguma coisa, a escondia muito bem, pois apenas o vazio da manhã seguinte era visto por Hilian.

Mas os passos não podiam parar, ele recebera o treinamento certo da sua família adotiva. Recebeu um raro conhecimento de homens que viviam com animais, e que os amavam mais que homens. Viveu uma vida de verdade, sem politicagens e mentiras. Ele ouvia a linguagem da terra, e se guiava pelas pistas da natreza. Hilian cuspia nos pés da nobreza, e valorizava a vida real. Mas ainda assim precisava de umas peças de ouro e algum conforto, portanto, ele encarava algumas missões aqui, outras ali.

Elturel, a oeste da grande Scornubel, Hilian fora parar lá procurando algum lugar onde pudesse talvez se estabelecer, mas jamais numa cidade novamente. Ao descobrir Elturel altamente militarizada e afetada pelos ideais de um paladino sedento por seja-lá-o-que-fosse, logo o Ranger deu seu jeito de sair dali. Na praça, perto do porto, alguns comerciantes procuravam por escolta, e assim, Frostfild iniciou sua viagem pelo Rio Chiontar abaixo.
Os primeiros dias não diriam que desgraças ainda estariam por acontecer.
Há um dia de Baldur's Gate, destino final da embarcação, Hilian foi acordado por uma grande confusão. Todas as tábuas do barco gemiam sob alguma força descomunal; gritos e brados de batalha eram ouvidos. Levantando-se rapidamente dos sacos de estopa aonde dormira, ele se preparava para fazer o trabalho para que fora contratado: defender a carga e o navio.
Quando sua cabeça apareceu no convés, seus olhos captaram a imagem de uma enorme mancha cor de musgo escurecendo sua visão...

Com mil tambores em sua cabeça, Hilian se vê deitado nas raízes de uma árvore, ainda ensopado, e um tanto ensanguentado. Um homem ao seu lado, até onde sua visão permitia, era um dos contratados para a defesa da embarcação. Ironicamente, o que menos falara até agora. Ele se vira e repara que está abrindo os olhos.

Está bem, homem?

A voz é rude, inemotiva. Mas reconfortante na ocasião.

Hilian da uma risada sendo quase um gemido por causa da dor ainda latente.

- Na medida do possível... Estou... Mais oque foi aquilo... Quem eram? - Diz ele conferindo seu corpo e seus machucados.

-Não sei. Não conheço estas bestas das águas de rio. Mas era grande, e esverdeado. Suas garras eram espadas sua cauda era como um grande carvalho brandido na mesma facilidade que uma vareta.

Diz o homem estendendo um cantil a você.

-Não sei como sua cabeça ainda está colada no seu pescoço, homem!

E realmente, parecia que Hilian havia dormido de cabeça para baixo com uma jaca amarrada no pescoço. Olhar para os lados era um suplício, mas ele conseguiria se virar.

O outro homem parecia realmente mal. Estava com uma aparência póstuma, e o nariz nitidamente quebrado, mas ainda respirava aparentemente bem.

-Pode pegar mais água?

Hilian ouve a voz áspera pedindo o favor e vê o homem dando com a cabeça na direção do rio.
Os infortunados sobreviventes não estavam a mais de vinte passos da margem, e pedaços do navios ainda se encontravam boiando e se entruncando nas vegetações marginais. O ranger podia ver um corpo, estava mais abaixo, e num segundo, desapareceu na curva do rio.

Assim era o mundo. As coisas acontecem e as águas levam embora as histórias. Mas ele ainda tinha que buscar água para o homem que tentava cuidar do que estava pior entre eles.

Hilian pega o cantil e tenta se levantar... Apesar de tudo não poderia ficar parado ali esperando um outro machado/cauda arrancar sua cabeça.

Se ele conseguir se levantar ele se vira ao homem e fala.

- Pode deixar, eu pego a água. - e sai andando olhando em volta e apurando os ouvidos.

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2

Hilian se ergue com certa dificuldade, como se seu cérebro estivesse ainda um tanto frouxo na cabeça, e suas pernas teimam em obedecer nos primeiros 3 ou 4 passos.
À medida que se aproximava da água, o ranger se sentia bem melhor. Abaixa-se, procurando um bom ponto para a sua coleta, ainda prestando atenção aos arredores, vai se saber se o monstro, ou seja lá o que for, ainda estaria por ali espreitando.

Mas seus ouvidos e olhos não parecem captar sinal de nada estranho. O sol refletia forte na água, e ainda haviam pedaços de destroços, talvez isso não ajudasse muito. Águas costumam ser traiçoeiras, mas esta parecia tranquila agora.

Hilian ajoelha-se num ponto mais baixo na margem e se curva para encher o cantil. Aproveita para encher o dele também. Apesar da bagunça a água parecia ser boa, com sabor e cheiro normais.

No momento em que fechava o último cantil, Hilian pode ver, se desprendendo da vegetação marginal pela força da água, um amontoado de destroços do navio, algo que se assemelhava com restos de um grande baú, embolado em cordas. Pelo trajeto, os escombros viriam em sua direção.

[Observar novamente]

Hilian olha o bau e os destroços com curiosidade... e receio.

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Seus olhos se fixam nos cacos do velho baú, que mais pareciam varetas enroladas numa corda. Mas pelo canto de olho, Hilian capta um reflexo estranho, talvez de algum resto metálico do navio ou... mas o brilho se desfez na sua visão, numa área ocupada por um grande juncal na margem oposta.

O amontoado de madeira e cordas toca a margem com um ruído seco e se emaranha nas raízes da vegetação rasteira. Agora o ranger via direito: não havia nada de ameaçador nos restos, mas de intrigante. Como se viesse servido numa tosca bandeja, um pequeno baú, parcialmente enrolado por um pano. Somente metade do pequeno baú estava visível, era de madeira nobre, reforçado com grossas tiras de aço e pedras semi-preciosas adornavam pequenas alças nas laterais.

O ranger olha em volta e procurando algo ou alguem, se dirige ao bau pequeno e com uma certa desconfiança o toma em mãos e avalia.

Mais seus olhos sempre se voltam aonde o brilho aparecera.

O baú não era muito pesado, nem fazia barulho ao ser sacodido, estava ensopado e o pano que o cobria não passava de uma velha camisa podre de marinheiro suado. Não tinha mais que um palmo e meio de comprimento, e meio palmo de altura. Uma belíssima esmeralda reluzia logo acima da fechadura extremamente intrincada que tomava toda a frente do baú.

Agora com o bau e os cantis em mãos o ranger volta ao acampamento... Mais tendo cuidado... Afinal um ataque não era impossível.

- Hei! Achei isso enquanto enchia os cantis. - Diz ele com o bau nos braços e os cantis na cintura.

O homem não parece interessado no baú. Olhara com certo afinco apenas para a bela jóia na tampa, mas logo desviou a atenção para o homem doente, pedindo um cantil com os olhos.

Enquanto ele se vira sobre o moribundo, comenta:
-Isso deve dar algum dinheiro no portal de Baldur...

depois de um curto silêncio...

-Ei, você consegue fazer este homem melhorar?

Hilian se abaixa depois de entregar o cantil ao homem e fala.

- Não sei... vamos ver oque posso fazer... - Ele bota o bau no chão perto dele próprio e começa a ver oque poderia fazer.

Cura+6
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1

[off]HAUHAUHAUAHUhAHUAHA to MUITO azarado hoje! Ou esse personagem é realmente uma maré de azar... e isso não acabo so no BG! XD [/off]

Hilian já vira alguns homens curarem homens com magia, mas também vira muitos homens ficarem curados apenas com cuidados manuais. E ele se lembrava ainda de alguma coisa, talvez o problema não seja tão complicado.
O ranger dá a volta nos dois e ajoelha ao lado do homem deitado no chão.
Uma fenda rubra se abria da face esquerda do homem e seguia quase vertical para cima, criando uma faixa sanguinolenta até a testa. Ele não parecia bem, então o ex-nobre se concentra nos seu treinamento de cuidar de pessoas e lembra-se de qualquer coisa, menos como curar uma ferida daquelas.

Hilian ergue as pontas do indicador e do polegar, e como uma pinça, tenta unir os dois lados da pele que fora separada.

Hilian buffa e fala ao homem...

- Eu lembro de tudo... menos de como fazer esse curativo... - Diz ele olhando a ferida.

Ele olha ao outro e pergunta...

- Você tem alguma idéia? - Diz ele coçando a cabeça.

Ele pega o bau que estava no chão e bota em sua bolsa... olha em volta e fala como se lembra-se de algo.

- A sim... Eu vi um reflexo estranho... parecia alguem... ou algo... - diz ele pensando.

ouvir do caboclo +??
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16

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[role ouvir, futuro defunto!]

Ouvir do futuro Defunto +1
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20

[kkkkkkkkk, sortudão! uahuhauash]

Os ouvidos treinadíssimos de Hilian claramente percebem um som. De um animal saindo da água, por esta margem do rio. O som era facilmente distinguível quanto ao local: vinha por detrás de um aglomerado mais fechado de árvores. E então, o comum silêncio das árvores volta a imperar...

Hilian puxa seu arco e fala ao homem.

- Olhos atentos... Acho que alguma criatura esta por vir... - Diz ele pegando uma flecha e indo a direção do rio.

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Niff_Redwoods efetuou 1 lançamento(s) de dados D20 :

7

Hilian avança na direção do som, andando paralelo à margem e aguçando seus ouvidos.
Mais alguns passos e parava em frente à vegetação cerrada que o separava da criatura. Por entre as folhas pôde ver uma pelagem castanha.
O animal estava parado, aparentemente preocupado com outra coisa agora.

Hilian chega um pouco mais perto para saber oque era... Mais estava tomando cuidado para não ser notado.

Furtividade +11
Niff_Redwoods efetuou 1 lançamento(s) de dados D20 :

8

Apreensivo, o ranger afasta a vegetação e visualisa o animal por inteiro.
era um cavalo.
Neste momento Hilian lembra-se do seu cavalo, que infelizmente haveria de estar em algum lugar rio abaixo, visto que estava no miúdo compartimento de animais no porão do navio. Era uma pena.
Mas agora o rapaz tivera um rompante de sorte, sem dúvida um cavalo ajudaria muito a locomoção, já que não poderiam se demorar muito por ali.

O animal ainda não se dera conta da presença do ranger.

Hilian guarda a flecha e se aproxima calmamente de seu cavalo deixando que ele perceba sua presença mais sem fazer movimentos bruscos.

[adestrar animais]

é... Empatia ou Adestrar animais...? Vou rolar mesmo assim e você vê... O bónus é o mesmo para os dois. +5

Niff_Redwoods efetuou 1 lançamento(s) de dados D20 :

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